sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A auto-entrevista

2012. O ano em que o mundo acabará pra muita gente(ou não). Começo esse ano com uma entrevista de mim pra mim mesmo, praticamente sem censuras, com algum tempo de atraso, já que eu devia ter feito isso antes do ano novo, mas enfim. E o entrevistado é o dono desse blog, Wenceslau Alves Nogueira Neto, um visionário, um empreendedor, um apaixonado, um maluco, um apreciador de boa música, um dos melhores jogadores da América do Sul. Uma pessoa que teve nesse ano grandes conquistas e será visto nessa entrevista praticamente sem censura analisando 2011 e suas duas décadas de sucesso na vida. Foi pdido pra que se fizessem perguntas pra ele, mas aparentemente ele não é interessante, mas ainda assim a entrevista foi feita. O entrevistador é ele mesmo, não há pessoa melhor pra esse caso. As perguntas serão em negrito e as respostas em letra normal.

Wenceslau na noite e suas admiradoras


Começamos, então. Pois bem, 2011, como foi esse ano pra você?

2011 foi um ano que se salvou por alguns acontecimentos e por algumas pessoas específicas, mas no geral foi um lixo, muito por minha causa. A preguiça que já tenho naturalmente me quebrou de novo, só pra variar. E olha que esse foi um ano de mudanças, um ano histórico, se levar em conta algumas coisas que aconteceram.

Dê exemplos, se não me engano você chegou a ir em choppada esse ano...

(interrompe) Choppada e outra festa específica, a La Noche. Levei 3 anos pra ir numa choppada ou numa festa em uma boate, isso se levar em consideração apenas o tempo de faculdade. Sempre tive a curiosidade pra ver como era, resolvi porque era melhor do que ficar em casa vendo se tinha alguém on no chat do Facebook e dormir.

Sim, mas no fim das contas você foi lá pra tentar a sorte, não?

Até onde sei, ninguém vai lá só pra dançar. Eu tinha algumas pessoas em vista, saber que algumas delas iriam seria só um estímulo. Levando em conta que ultimamente eu cheguei a fazer aula de dança e ir na Bola de Neve por causa de alguém que eu gostava, isso seria o de menos. Mas o problema é que eu não sei abordar as pessoas em lugares assim. A primeira experiência foi numa choppada depois da aula, na quadra da Leões de Nova Iguaçu. O povo ficava lá dançando, as luzes piscavam, a música era alta(mas isso foi fácil de se acostumar), pra me ambientar levou um tempo. Eu rondei um pouco pra ver quem estava, daí que eu vejo uma garota que eu tava de olho, primeira vez que eu a vejo o dia todo, ela tava com um grupinho de amigas e quando eu cheguei a meio metro de onde ela estava, ela me viu e se abaixou escondendo. Por mais que tenham dito pra mim tempos depois que não era isso, eu duvido e ainda não esqueci disso. Como eu sou trouxa, ainda falo com ela e não desisti. Não vou falar quem é, até pra preservar identidades, etc, mas não é de Turismo.

Qual foi a maior lição que você tirou das duas festas?

Que não sei dançar. Eu só fazia vergonha por dançar mal. E que timing é importante pra evitar ver alguém que você tá de olho aos beijos com um qualquer. E também que não devo aceitar perguntas ruins, especialmente quando são pro Gil Brother.

E isso nos leva a Gil Brother, como é o cara ao vivo?

Eu gostei da apresentação dele, o problema foi mais pelo fato do local ser um ovo e por isso a interação não ser a ideal, mas no geral foi ok. O cara é maneiro, ficou recepcionando o pessoal na entrada do evento, ficou desenrolando com duas garotas de Turismo e quebrou o óculos escuros enquanto dançava break. Ele me deu um esporro na hora de fazer minha pergunta, mas a pergunta era um lixo, nem foi tão ruim. Só queria não ter feito a pergunta, mas ficaram gritando o meu nome, deu nisso.

Wenceslau meets Gil Brother


Te parece sua popularidade na Rural aumentou esse ano?

Eu não entro muito nessa questão porque podem me achar metido ou algo do gênero. O que acontece é que eu me esforço pra conhecer muita gente, seja no meu próprio curso, seja em outros. Eu gosto da presença das pessoas e de ouvi-las, e conhece-las. 2011 foi bem frutífero nesse aspecto, apesar de eu ter tomado algumas decisões e feito algumas coisas que deixaram o pessoal reclamando. Em especial as duas eleições e o caso da caixa de som. Mas valeu por conhecer gente nova de Turismo e gente de outros cursos, como o atual terceiro período de História, Beatriz e Monique, Patrícia(a de Matemática), Thaiane...

As eleições te causaram problemas, não?

A primeira muito porque eu não sei calar a boca. Minutos depois dos resultados eu falo que entrei na chapa pra conseguir experiência e ano que vem abrir minha própria chapa. Eu não menti, o problema é que isso não caiu muito bem, até porque minha chapa perdeu. Não houveram grandes perdas, só uma desconfiança. Já a segunda eleição foi uma na qual eu não acreditava num resultado positivo e fui surpreendido. Deu merda porque eu entrei numa chapa contrária à do pessoal de Turismo, e sem ser de propósito, houve gente chiando por um tempo. No fim a profecia foi cumprida por acaso. Agora é trabalhar duro, uma vez que a eleição que ganhei foi a do DCE. E olha que pensei muito antes de entrar nessa chapa.

Alguém que mereça um destaque nesse ano?

Bastante gente, mas como eu já me detalhei no Facebook antes do ano acabar falarei de algumas pessoas em especial. Rafael Schneider é um maluco que contra todas as possibilidades veio parar no Rio sem ter lugar pra morar, a sorte é que o pessoal o adotou e hoje ele é quase um carioca, apesar de ser paulista. Um dos melhores amigos que fiz em muito tempo. Da turma dele vale destacar também Marina, excelente pessoa, junto com o Schneider uma das melhores confidentes desse ano. Mas se for falar da melhor confidente desse ano, uma grande pessoa, essa é Isabelle Macário, que apesar de ser um espetáculo de bonita não acredita que seja. As melhores conversas do ano foram com ela, especialmente a pós-La Noche. Uma pessoa que devo mencionar, até porque esqueci de desejar Feliz Natal e todo o resto, é a Julie, a quem aproveito o momento pra agradecer por 2011. Gente assim fez o ano valer a pena.

Mudando de assunto, mas nem tanto, esse ano foi histórico no aspecto amoroso, apesar de ter sido uma embriaguez de fracasso...

Porra, o ano não foi essa merda toda não! Eu tentei valentemente o ano todo, consegui quebrar algumas barreiras que me prendiam fazia tempo, claro que não adiantou muito no fim das contas, mas tou melhorando. Tipo, quando você perde o BV e a galera comemora como se fosse gol do Brasil não tem como o ano ser um fracasso completo. E a história de como aconteceu é boa. Mas de resto foram tentativas e fracassos, alguns já oficializados e outros adiados pra esse ano. O legal é que gente próxima a mim me chamou a atenção num dado momento do ano porque eu só me interessava por gostosas. O negócio é que todo mundo fala pra eu esquecer nisso e pensar em outras coisas, e eu tento, mas é uma merda ficar sozinho, aí eu fico decidido a tomar uma atitude. E tem uns imbecis que tem que se dar conta de que eu não irei num puteiro, por mais que eles insistam pra que eu vá.

Saindo da faculdade, e a vida como foi?

O ano foi um pouco mais conflituoso que o normal com meu pai, com minha mãe foi ok. Felizmente há a internet pra poder relaxar e falar com gente que já se tornou indispensável pro meu dia a dia. Sem falar nos velhos amigos, que são sempre bons de se ver na rua e visitar nas férias(ou até em dias normais, se o amigo em questão for o Douglas). Eu sinto falta dos velhos tempos, embora esse ano tenha tido muitos bons momentos. Encerrei o ciclo com o Equipe, agora que a turma da Caróu terminou o colégio não volto mais, exceto talvez em festa junina. Aliás, a formatura deles foi fantástica. Escrevi cartas em um ritmo alucinado no último ano e no começo desse. Mas disso falaremos mais com calma daqui a pouco.Fui no Rock in Rio, mas já contei tudo aqui. O que se vale destacar é o dia seguinte a isso, onde pela primeira vez eu conheci gente que só tinha visto pela internet. A Dely seria a primeira, mas não esperei o bastante e fui para o Nobre in Rio, onde conheci muita gente com quem falava via players ou twitter, foi um dos melhores momentos do ano. Depois de lá eu ainda tentei voltar pra Cidade do Rock pra ver se eu a achava na saída, mas depois d 36 horas sem dormir acabei cochilando no ônibus e fui parar na Alvorada.

O fim de um ciclo histórico.


Foram 32 cartas em 29 dias, é preciso muita disposição pra tanto?

Porra, eu vejo os números e nem acredito. Eu tenho um caderninho que atualmente acredito ter 8 nomes de pessoas para as quais eu escrevo regularmente(13 endereços, pois algumas se mudaram). Todo ano eu planejo escrever cartas de fim de ano pra um monte de gente, daí que esse ano eu tava embalado escrevendo e resolvi escrever pra algumas pessoas na faculdade, o que me fez aumentar o ritmo. A sorte é que não é muito difícil escrever carta de ano novo, o problema é que algumas partes ficam repetitivas, ao menon inovei em algumas cartas, como na da Dely e na da Uanylla. Sem falar que tem que botar uma caixa de Natal nessa conta. Então depois do Natal invento que vou entrar de férias, mas aí eu consigo um endereço novo antes do ano acabar e me mandaram uma carta, que respondi imediatamente. Então escrevi a do aniversário da Chélida, no dia seguinte tive problemas por aqui e escrevi mais 6 cartas. As férias são uma farsa.

Quem você destaca nesse ano?

É meio injusto fazer isso, mas seria ainda mais deixar de falar de alguns nomes: Jacqueline, a primeira de todas. Dely e suas desventuras e os desencontros(inclusive comigo). Julia, uma das melhores que conheci em 2011 e ótima pra falar ao telefone. Nadja, que retornou triunfalmente e agora mora mais perto daqui. Catarina Brainer, que finalmente tá numa cidade decente. Ully, a qual acompanhei suas desventuras pra acordar cedo pro curso e me recomendou A Day To Remember. Chélida, futura escritora de sucesso. Dona Nina Barcelos e a vida mais escalafobética que alguém pode ter. E claro, Uanylla, alguém que apareceu do nada, deu um trabalho gigante pra conseguir escrever uma carta, mas recebeu a maior carta já escrita por mim na história e é uma pessoa muito querida. Falei só do pessoal que mando cartas, tem mais gente. No twitter dá pra destacar Nobre, Keshi, Hugo, Mauricio Klaser e todo o pessoal genial que ele dá RT e eu acabo seguindo. O Klaser, aliás, merecia um prêmio pela criatividade, ele cria o Indie ou Sertanejo e ainda cria o Roque Verdade. Quando eu li os textos dali pela primeira vez eu fiquei fascinado, viciado e sem mais nenhuma motivação de escrever aqui por um mês. Vale falar também de Thaysa, que conheci por acaso e mais por acaso ainda descobri que é prima duma amiga minha. Eu a confortei numa situação ruim recente.

Você é feliz?

Bem menos do que se imagina. A verdade é que atualmente tou perdendo a disposição, começo de ano nunca rende algo bom, eu fico preso aqui, seja vendendo fogos, seja num evento com meu pai ou até mesmo vendendo espumas de carnaval. Queria estar viajando sozinho pra poder clarear a cabeça e ver gente nova, sem falar que tem muita gente que conheço daqui que quero ver ao vivo. Bati na trave ano passado com a Dely, mas esse ano será diferente. O que me deixa feliz esses dias é encontrar os aigos, falar com eles, as conversas por telefone com a Julia, escrever cartas, ver fotos de determinadas pessoas. As jogatinas com o pessoal do Equipe também me alegram bastante. Mas o que mais me alegra é ver gente respondendo minhas cartas, algo que nem acreditava mais que fosse acontecer. Especialmente a primeira, da Jacqueline, pelas circunstâncias. O aniversário tinha acabado de ser cancelado, eram 7 da manhã, 17 de novembro e precisava falar com alguém sobre isso. Acabei a acordando, e ela ficou bem preocupada(ela viria pro aniversário) quando falei, nunca vou esquecer dela falando "mas... são as Duas Décadas de Sucesso". No mesmo dia ela escreveu a carta, que chegou dia 22. Esse tipo de coisa me faz parecer legal pra cacete, mas eu me acho chato em boa parte do tempo, o que me preocupa.

Especificamente em quais casos?

Eu tenho medo de quando eu encontrar esse povo com o qual eu falo há 5 anos, tipo Jacqueline ou Dely, eu faça alguma merda que jogue todos esses anos pelo ralo, o que é bem a minha cara. Até levantei a questão meses atrás quando a Jacque tava quase vindo pra cá, quando falei com a Dely sobre isso ela falou que daria na minha cara de tão estúpido que foi, então deixei pra lá.

Falemos de música, nas festas que você foi esse ano você pôde ter um panorama das músicas atuais, o que achou?

Coisas como Michel Teló, aquele nego do tchereretche-tche-tche são uma diarreia mental. A situação tá bem ruim, mas nas festas eu me recusava a dançar sertanejo universitário, quem escuta essa merda e gosta tem mais é que se fuder. Douglas escuta, mas ele é um caso perdido, não dá pra esperar nada de bom dele.

A verdade é que além dese povo com esse gosto peculiar, ainda tem esses ratos de esgoto que escutam Los Hermanos, e tou falando isso mesmo com amigos meus ouvindo essa porcaria. A pior coisa do ano foi ver nego compartilhando foto falando que vai no show deles esse ano. De gente como a Elaine eu já esperava porque ela é pseudo-cult pra cacete, até desisti de tentar entender. Aliás, Coldplay é outra que até fiquei azucrinando os fãs durante o show do Rock in Rio, ao menos teve gente que me apoiou e descobri o bom gosto musical de quem não esperava. Mas voltando às músicas atuais que ouvi em festas, eu consigo respeitar o funk, diferente dos cultões que conheço, eu até dancei esse ano(muito mal, é verdade). Só queria que o Eurodance voltasse à moda, melhor que a música eletrônica que ouvi ao longo do ano.

O que mais ouviu esse ano?

Billy Joel, embora eu tenha ouvido menos no final do ano, voltei a ouvir mais Elton John, especialmente depois que comprei a biografia e pude ter uma noção dos álbuns e começar a baixar, redescobri Frank Zappa, passei a ouvir mais Meat Loaf, toemi vergonha na cara e baixei Burt Bacharach e 2 Unlimited. No momento estou viciado em Heartache All Over The World, de Elton John, do álbum Leather Jackets, que ele considera o pior e os fãs também. Aliás, os fãs dele que tenho encontrado pela internet é gente que certamente apanhava na escola, porque pra ser chato daquele jeito... só nego esnobe que acha que tá certa sobre os albuns e acha que a opinião do Elton é maior que a biblia, até me faz evitar alguns tumblrs. E sempre acabo assistindo esse primor:



Alias, vale a pena dar uma olhada no meu Last.fm pra entender porque eu tenho tanto Benito di Paula e Massacration na mesma lista.

Alguma grande decepção com alguém esse ano?

Normalmente eu sei quais as pessoas com quem não falo muito e não mexo tanto assim, até porque não tenho mais a paciência e a boa vontade de antes, mas eu convivo bem com todos. Entretanto, tem alguém, que eu amei, que eu já vi chorar no meu ombro por causa de ficante, alguém que vi idas e vindas. Essa pessoa tá pedindo pra que todo mundo que goste dela a abandone. Não vou falar quem é pra preservar a identidade e pra ver se ela toma vergonha na cara e para de fazer merda e sossega, que ninguém tá levando ela a sério. Quero aproveitar o espaço pra declarar que esse ano eu resolverei o imbróglio que já dura anos com Camila Iquiene, seja com a a ajuda da Jacqueline ou não, até porque já fazem 6 anos, tá na hora de aparar as arestas, tou ficando velho, essa história ainda me perturba e tou querendo ter uma vida simples em 2012.

Fala qualquer merda aí que vou encerrar a entrevista.

Ficar velho é uma merda, mas as lembranças compensam. Lembrar que eu era a pessoa mais sensata e madura do antigo Quarteto deixa um gosto bom até hoje, até pela maneira que eles se separaram. E é notável ver que alguns deles não aprenderam nada. As vezes eu penso que fui o único com boas lembranças daquele povo, sim, já vão fazer 4 anos, mas aqueles tempos foram os melhores. Também é uma merda ficar velho porque um monte de gente que era gorda antigamente emagreceu e enquanto isso eu tou marcando bobeira, tenho que tomar uma atitude. Já que tou aqui, quero avisar que pretendo postar mais nesse ano do que no ano passado, ao menos não abandonar o blog como eu fiz de novo. Aguardem novidades. E pretendo achar Graziella Gallotti, nem que eu tenha que ir pra Brasília pra isso. E essa entrevista provavelmente vai ficar ridícula, mas achei a ideia boa e precisava fazer, peço desculpas desde já pra quem não gostar.

Temos perguntas de internautas, a primeira é de Vinny Rox, que pergunta: "Quantas vezes você se masturba por semana?"

Não vou responder essa merda. Próxima pergunta.

A última pergunta é de Jacqueline Muniz, que pergunta: "Quantas vezes você se masturba por semana?"

(para pra pensar por um longo tempo) Não tenho como responder essa pergunta, nunca parei pra contar. Essa é uma boa pergunta, me fez refletir. Adeus.

Observando a vida e vendo aonde se encaixar.