quarta-feira, 20 de abril de 2011

Billy Joel - uma análise de sua discografia(e um pouquinho de sua vida)B


Billy Joel. A maior parte das pessoas aqui no Brasil nunca chegou a ouvir alguma música cantada por ele, e se ouviu foi na voz de Barry White, ou então na lamentável versão de Bruno Mars. E esse nem é o maior hit dele. Eu tou vendo uma geração que tá crescendo sem ouvir suas músicas, então pra um serviço de utilidade pública resolvi analisar toda a sua discografia, de 1971 a 1993.



1971 - Cold Spring Harbor



Depois de alguns anos participando de bandas covers dos Beatles por anos, ele consegue seu primeiro contrato em 1971 pra gravar Cold Spring Harbor, um álbum muito baseado no piano, mas que não tem muitas músicas boas, as duas músicas que se destacam mais nesse álbum são Everybody Loves You Now e She's Got a Way(embora elas só vão ter um grande sucesso 10 anos depois), mas o álbum ficou meio comprometido pelo produtor ter mixado de maneira errada, ficou algo tão estranho que na primeira vez Billy o ouviu, arrancou o disco da vitrola, correu pra rua e tacou o disco longe. O álbum é mediano em geral, vale um destaque também essa música:




Piano Man - 1973


Apesar dessa capa vinda direto dum filme de terror é um bom álbum. Tem a eterna Piano Man, composta baseada nas suas experiências tocando em bares em Los Angeles, tem You're My Home, que foi escrita como presente de dia dos namorados pra sua primeira ex-esposa, tem The Ballad of Billy The Kid...
É um álbum melhor estruturado que Cold Spring Harbor, com músicas que usam mais instrumentos e com melhores músicas, músicas que fizeram DOLLY PARTON ganhar um Grammy 25 anos após o álbum, ganhou com essa aqui:


Além disso tem Captain Jack, a canção favorita do estado da Filadélfia desde 1973.

1974 - Streetlife Serenader



No ano seguinte ele lança Streetlife Serenader, um álbum parecido com Cold Spring Harbor em algumas músicas, só que melhorado. A música título é sensacional, temos também de bom The Entertainer, na qual ele critica os executivos e as rádios numa vez só. Entretanto, as melhores do álbum são as que ele tocava nos shows antes de ir pro álbum, no caso Souvenir(música que encerrava os shows até 1987), The Mexican Connection(música de abertura do show) e Root Beer Rag:



Músicas que também se vale a pena dar atenção: Los Angelenos e Last of The Big Time Spenders.


1976 - Turnstiles



Também conhecido como "Los Angeles é uma merda decadente, tou voltando, Nova York". Sério, esse álbum foi feito pra comemorar sua saída de Los Angeles e o retorno pra Nova York. Tanto que tem 3 músicas só sobre New York("Summer, Highland Falls", Miami 2017 e a eterna New York State of Mind), além de uma falando mal de Los Angeles(I'Ve Loved These Days).
Tem também Angry Young Man, Say Goodbye to Hollywood, outra que só emplacou anos depois. É um álbum muito curto, mas muito bom, a única música ruim do álbum é All You Wanna Do Is Dance. Fiquem com essa versão de Miami 2017, uma das poucas músicas que melhoraram depois de ser ajustada ao tom que a voz dele tomou nos últimos anos:



1977 - The Stranger

É talvez o álbum definitivo dele, o mais perfeito, TODAS as musicas são clássicas nesse álbum, até mesmo Everybody Has a Dream(melhor música do álbum), que só foi tocada a vivo pela primeira vez em 1991, tem o seu valor. O álbum é marcado por Only The Good Die Young, Vienna, The Stranger, Movin' Out(que anos depois virou um musical na broadway), Just The Way You Are(que lhe rendeu um Grammy), She's Always a Woman.

Foi O álbum dele, foi a partir daí que o grande público vieram a conhece-lo profundamente.

1978 - 52nd Street


52nd Street. Um álbum com muitos clássicos, alguns obscuros e outros eternizados. Mas esse álbum tem um problema pra ser ouvido. Acontece que tempos atrás encontrei os demos das músicas referentes a esse álbum e a algumas do álbum seguinte a esse, o problema é que as versões demo das músicas é muito superior à versão final, a diferença é gritante. Apesar do álbum ser muito bom, não é um dos meus favoritos. Sem falar que tem outra coisa: tem música aí que fica melhor nas versões mais recentes, quando a voz dele já não atinge tons altos e músicas tiveram que ser reformuladas, esse é o caso de Zanzibar e Stiletto. Uma que a versão final ficou um pouco melhor que a demo foi Closer to Borderline, do álbum seguinte, Glass Houses.

O álbum tem também as clássicas My Life(#3 na Billboard), Honesty(que era melhor no demo) e Big Shot. Além de contar com uma música que era perfeita na versão demo, foi um pouco estragada na versão final e sabe-se lá por que levou 20 anos pra ser executada ao vivo pela primeira vez:



1980 - Glass Houses

Um álbum bem mais voltado pro rock que os outros, até pra tacar uma pedra e quebrar a imagem construída de pianista que só escrevia baladas. O lado A do álbum é repleto de músicas que se tornaram clássicos instantâneos e nunca mais saíram da setlist dos shows, como You May be Right, Don't Asy Me Why e sua primeira música a ser tornar #1 na Billboard, It's Still Rock and Roll To Me. All For Leyna é uma das mais lembradas pelo fãs como uma música subestimada, quase nunca ouvida em shows desde o fim dos anos 70. No lado B se destacam Closer to Borderline, e Sleeping With the Television On.

1981 - Songs in the Attic

É um ao vivo que na época foi relevante por apresentar aos fãs novos músicas dos álbuns antes de The Stranger e mostra-las sendo tocadas de uma maneira bem melhor do que foi nos álbuns de origem, Como She's Got a Way, Say Goodbye to Hollywood e Captain Jack sendo tocada em Filadélfia. Vale pra ver as músicas sendo tocadas direito, principalmente aquelas do Cold Spring Harbor ou do Streetlife Serenader, que nas gravações da época não foram gravadas com uma banda de confiança. E a grana disso ajudou a fazer o próximo álbum. Mas enquanto isso, fiquem com Los Angelenos:




1982 - The Nylon Curtain



Um álbum bem variado, cujo maior sucesso é uma crítica a recessão da Era Reagan usando como metáfora a cidade de Allentown, na Pensilvania. Além de dedicar umas 4 faixas em homenagem a John Lennon e os Beatles(no caso "Laura," "Surprises," "Scandinavian Skies," e "Where's the Orchestra?"). Scandinavian Skies é estranha, mas boa, temos Goodnight Saigon, que demora pra começar pra valer e critica a situação no Vietnã. A Room of Our Own é uma que foi estragada quando voltou a ser tocada em shows recentemente, mas é excelente. Where's the Orchestra segue a linha de Everybody Has a Dream e no fima da música toca uma reprise, dessa vez de Allentown.

1983 - Innocent Man

Pra mim é o melhor álbum dele. Um álbum de homenagem aos grandes cantores de sua infância e seus estilos musicais. Um álbum que homenageia James Brown com Easy Money, com This Night ele divide créditos da música com Beethoven.

Temos também Leave a Tender Moment Alone, uma homenagem a Marvin Gaye e uma das melhores canções dele, que devido a exigir muito da voz dele ele parou de cantar em 1991. Aí a versão de 83 em Wembley:



Uptown Girl, que homenageia Frakie Valli, é baseada em Christie Brinkley, que também aparece no vídeo. Na época ele tinha acabado de trocar uma Elle Mac Pherson de 16 anos por ela, um bom negócio? Há controvérsias.



Há também Tell Her About It, que homenageia a Motown e programas como os de Ed Sullivan, que aparece no clip da música. E também dá a ideia a Phil Collins de fazer algo parecido com isso 28 anos depois com Going Back, mas enfim ,taí o clip:



Há também uma música a capella, The Longest Time, além de músicas que homenageam até BOB MARLEY(tudo a ver), no caso Keeping the Faith. Além duma música pra pegar de vez a Christie Brinkley, chamada Christie Lee, nada surpreendente pra quem deu uma música de presente pra esposa da época.

1986 - The Bridge

Um álbum subestimado que conta com duetos com Ray Charles em Baby Grand e com Cyndi Lauper em Code of Silence. Músicas que se destacaram aí foram Running on Ice, bem parecida com músicas do The Police, tem This is The Time(que depoisfoi parar nas mãos de John Mayer), tem a fantástica Big Man on Mulberry Street(que teve destaque em um episódio inteiro de Moonlighting na época), a melosa Temptation e A Matter of Trust, onde Billy finge que toca guitarra e a gente finge que acredita:



Tem Modern Woman, que ficou muito bem na Billboard, mas é uma música que não é importante, nem pra mim e nem pra ele, só ver que em todos esses Greatest Hits ela nunca figurou. Falando em greatest hits, ele lançou um em 85, um álbum duplo no qual haviam canções inéditas, essa aqui merece a atençao de vocês:




1989 - Storm Front

Um álbum no qual uma das piores músicas foi #1 na Billboard, no caso We Didn't Start The Fire, uma música a qual todo mundo adora, e o próprio Billy odeia pelo fato de não ter uma variação musical, é sempre a mesma coisa nela. Entre outras músicas temos duas feitas pra futura segunda ex-esposa(That's Not Her Style e Shameless)



Shameless que tempos depois foi estragada por Garth Brooks, nunca se esqueçam disso, crianças. When in Rome é uma música esquecida, mas ótima, há também uma música que foi escrita na época de Innocent Man, mas ficou de fora do álbum por não se encaixar no tema, uma música bem triste, And So It Goes:



O triste foi descobrir enquanto eu pesquisava que LEGIÃO URBANA traduziu e cantou a música anos depois. E puta merda, ficou ruim. Ruim a ponto de ficar furioso como ele ficou na União Soviética em 1987 no meio do show. Além dessa fúria vista aí, da viagem dele a USSR saiu Leningrad, traçando um paralelo entre a sua infância e a de um palhaço russo que ele encontrou durante a turnê.

E temos talvez uma das melhores canções vindas dele, um hino pra pessoas maníaco-depressivas, embora se alegue que essa seja outra música pedindo desculpas pra Christie Brinkley, deve ser mole simplesmente compor músicas pra pd]edir desculpas, já tem 3 só aqui nesse álbum, enfim, tá aí a música:



Infelizmente devido às mudanças em sua voz, a música foi modificada e piorada,a partir do Millennium Concert, embora os problmas ali fossem outros.

Dá pra se destacar também Downeaster Alexa, música que trata da situação dos pescadores de Long Island, heróis da infância dele que estavam em situação difícil devido a falta de peixes nos mares e falta de amparo do governo.

Essa época foi uma época de muita alegria na vida dele, tanto que ele resolveu usar e abusar da voz que ele ainda tinha em pleno vigor, mesmo já tendo passado dos 40(e bebendo muito):



1993 - River of Dreams

Esse é seu último álbum. Foi gravado durante a época em que ele tava quase se divorciando, o que fez com que esse álbum seja mais sombrio do que a maior parte dos outros. Temos aqui músicas para sua esposa, uma falando sobre ela diretamente, Blonde Over Blue(uma das melhores do álbum)
e outra que fala inderaetamente quando fala de fidelidade, All About Soul.

Há também a excelente The Great Wall of China, dedicada ao seu ex-gerente e ex-cunhado que fraudava seu imposto, causando muitos problemas em 1992. E há a futurista e esperançosa Two Thousand Years, que foi destaque no Millennium Concert por ser a música central do show.

A música título desse álbum foi composta praticamente ao mesmo tempo que Lullaby, uma canção pra sua filha. Tanto que na versão demo um interlúdio da música e justamente o começo de Lullaby, vejam:



E por fim, Famous Last Words, uma música belíssima na qual ele se despede de tudo e diz que um dia pode voltar(e os fãs acreditam nisso desde então)


E depois disso?

Ele finalizou seu divórcio com Christie Brinkley e resolveu investir no alcoolismo maciçamente, a partir da turnê de River of Dreams, olhem aquele vídeo de Pressure lá em cima de novo, ele tá bêbado ali. O caso mais gritante de alcoolismo foi justamente no Millennium Concert, onde ele cobrou ingressos de 999 dólares(ah, o simbolismo) e fez um show completamente bêbado, de uma tal maneira que quando lançaram o álbum do show foram cortadas várias músicas nas quais não dava pra fazer overdub, vide Piano Man naquele show:



A verdade é que desde 1993 ele tem vagado por aí fazendo shows, fazendo turnês com Elton John desde 1995, se embriagando e indo pra rehabs e devido a mudança de tom em sua voz vem estragando muitas de suas músicas(I Go To Extremes, o Nylon Curtain inteiro entre outros) e melhorando algumas(Miami 2017, Stiletto, Zanzibar, The Night is Still Young...). Ele escreveu a biografia pra dizer que não vai mais publicar, não quer falar do passado. Elton John tá reclamando dele toda a vida devido à preguiça depois de 20 anos sem gravar nada, sem falar que segundo ele, Billy tá indo em rehab vagabunda. Pra mim ele não encontra a alegria de viver faz alguns anos, mas ele não vai admitir isso.


Enfim, essa é discografia que você precisa ouvir dele, pesquisem e procurem os álbuns, não irão se arrepender.

Jackal(que quer Famous Last Words tocando em seu velório)

sábado, 16 de abril de 2011

Jackal avalia: King of Fighters '98

E enfim chegamos a 1998, onde temos o melhor KOF já feito até hoje. Um KOF onde não se começava já soltando um especial secreto barato a todo momento com praticamente qualquer personagem do jogo(oi, KOF 2002). É o primeiro Slugfest da série, juntaram praticamente todo mundo de 94-97 pra sair no braço sem história. Começa que tem a melhor abertura da história da série.



2! 3!

It all began in '94

Kept on rollin' in 95'

Which was replaced with '96

And came to an end in '97

And now we come to, here we go

KOF is here again.

Nothing's gonna stop 'cause it's 1998!


Os personagens são praticamente todos de 94-97, só ficaram de fora o '96 Boss Team, Kasumi Todoh, Eiji Kisaragi(ninguém sentiu falta deles), as versões incorporadas de Leona e Iori, além de Goenitz e Orochi(o que até foi bom, imagine a molecada que assola os flipers de hoje em dia com os três apelões juntos, eles são capazaes de abandonar seu amado Rugal pra jogar com Orochi pra sempre)

Os bons tempos, quando ainda K', Kula, Ramon, HINAKO não estavam por aí

Os personagens são bem desenhados, os cenários são bem feitos, diferentemente de '97, mudaram os designs de alguns personagens sutilmente(principalmente de Lucky Glauber), além de ser montado um time novo especialmente pra esse jogo: o Master Team, que tem Takuma Sakazaki, Saisyu Kusanagi(que só voltaria a aparecer em um jogo no KOF Neo Wave, muitos anos depois) e Heidern. Shingo continua a ser um acidente de percurso pra quem tá jogando bem, e ele tá mais complicado que no 97, sendo o rei dos critical hits quando ataca, o que faz dele uma versão equivalente melhorada de Dan Hibiki.
O USA Sports Team retorna para a felicidade das 17 pessoas que gostam do time(sendo eu uma delas), sempre será enfrentado como o último time antes do Rugal, e sempre dará trabalho, principalmente com o Brian, nunca se esqueçam que isso pode(e vai) acontecer:


Praticamente todas as músicas estão aí, mas algumas só tocam em circunstâncias especiais(Cool Jam só toca quando se enfrenta o Iori com o Yashiro, por exemplo). Algumas tiveram mudanças, mas no geral todas as clássicas estão aí.


Tem nem mais o que falar, vão jogar logo e ganhem da pivetada que vai penar pra jogar alguma coisa com o Rugal, me deixem orgulhoso. Em breve falarei de KOF '99 e o surgimento dos strikers.

Jackal( o começo da queda vem mesmo em 2000, 99 é um dos melhores da série)

terça-feira, 12 de abril de 2011

A última rodade de suco pra galera - O fim de Malhação.

Malhação vai acabar. Boa parte de todos nós assistiu uma dia e hoje meio que se envergonha disso, sem falar na pirralhada atual que assite, mas eles não sabem o que é bom ou ruim, coitados. É bem verdade que a audiência não tá boa desde que acabou aquela época de Bernardo e Betina(eventualmente parei de ver em definitivo depois disso), nem craqueterno FIUK conseguiu salvar muito a audiência. Mas a novela deverá deixar saudades, mesmo nos saudosistas. Até por que essa foi uma novela que revelou fenômenos da televisão mundial.

De galã da revista QUERIDA nos anos 90 ao hipopótamo que sabe-se lá como pegou FERNANDA VASCONCELLOS.

Novela que revelou gente do calibre do balofo acima, seu fiel escudeiro Bruno De Luca, ex-paquitos como Claudio Heinrich(que após ser o TATUAPU em Uga Uga foi pra Record e desapareceu, mas nos anos 90 era até capa de caderno que vendia pra cacete), toda aquela geração de Priscila Fantin, Mário Frias, Nívea Stelmann, o Robson do Disney Channel
, CABEÇÃO, além de dar um emprego pra atores veteranos encostados(são tantos que só vale a pena mencionar Kadu Moliterno e André DiBiase refazendo a dupla JUBA E LULA de Armação Ilimitada).

Tem gente que vai lembrar da época da academia e seus temas esportivos, com gente como Carolina Dieckmann e Luana Piovani fazendo vilãs, Fernanda Rodrigues sendo protagonista de algo(nunca mais foi, por onde andará?) e a audiência eventualmente caindo. Aí resolvem demolir a academia e vira um programa ao vivo, o MOCOTÓ SHOW, com André Marques e Bruno de Lucca, dupla dinâmica até hoje. E claro que a ideia não deu certo.

Aí em 1999 surge o Múltipla Escolha e Charlie Brown Jr. como música de abertura da novela. Maior época, é bom de ser no Viva e se perguntar que fim levou aquele povo todo que tinha fã-clubes na decada de 90, aqueles fã-clubes que se pagava pra ser membro, só se mandava carta, etc. Criançada de hoje em dia não vai saber o que é isso. E assim se seguiu ao longo dos anos, com Nuno Leal Maia como o eterno Pasqualete, com heróis sempre imbecis que só se davam bem no último capítulo e vilões com nomes esdrúxulos, tipo PERERECA. Com o tempo, surgiu gente que hoje em dia tá no horário nobre, tipo Cauã Reymond, Bárbara Borges, Daniele Suzuki, etc. Sem falar que foi a partir daí que surgiu o Gigabyte e a eterna rodada de suco pra galera(AEEEEEEE).

Mas o grande fenômeno de Malhação década passada foi na época de Vagabanda, época na qual a audiência batia as novelas das 6 e das 7, e revelou Marjorie Estiano como cantora e atriz. Depois desse ano teve a época Bernardo-Betina e no ano seguinte a audiência se manteve alta, mas o pessoal antigo gradativamente saía e o publico se renovava, muita gente que conheço parou de ver quando Cabeção saiu, eu parei no ano seguinte, quando Dona Wilma saiu e o Gigabyte se foi.

And I've loved these days...

No ano seguinte tomei vergonha na cara e parei de ver, embora ainda desse uma olhada pra ver o que o futuro reservava pra pivetada do futuro, o que vi foi algo que foi degringolando de uma maneira que a audiência antiga se extinguiu e a nova fez com que a novela amargasse uns 15 pontos de audiência, pouco pra quem já chegou aos 46. O tiro de misericórdia foi Fiuk? Nem tanto, a história ficou mais ou menos manjada ao longo dos anos, os atores revelados são cada vez piores...

Só nos resta ficar com as boas lembranças da velha Malhação, falem das suas nos comentários.

Jackal(eu não acreditava que fosse acabar tão cedo)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gente que devia ser proibida de usar a internet(ou a culpa é do Neymar)


Eu poderia escrever um texto extenso pra falar mal do Neymar, o que não seria novidade nesse blog, poderia ironizar o fato dele ter sido expulso num jogo importante por ser mascarado(literalmente, no caso. Mas só olhem a foto acima. O que que se faz com alguém que pega e tatua Neymar no LÁBIO? Depois eu falo que esse mundo tá perdido e ninguém acredita.

Jackal(boa maneira de começar uma segunda-feira, melhor que isso será quando ela resolver fazer a remoção)

Jackal 2(legal que ela é ATLETICANA, coerência foi comprar cigarro e nunca mais voltou)

E a quem interessar, twitter dela.

Atualização obrigatória, não é que o namorado terminou com ela? Entrevista completa aqui.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Modelagem e futilidade infantil(ou a morte da infância de uma maneira chique)

Não nego que sou nostálgico, mas hoje em dia a nostalgia virou uma bandeira, defender um tempo mais sadio pras crianças virou uma questão de honra, várias coisas tão erradas na criação dessas crianças, hoje falarei aqui sobre essas crianças que largam a infância cedo demais pra virarem uma cópia reduzida das mães viciadas em futilidades. Vamos começar comentando essa singela entrevista de anteontem do Estadão das mães fúteis e suas crianças. Comentários abaixo.


"Eu, com 10 anos, mal falava, pensavam que eu era gaga. A Carol, com 8, já foi 4 vezes à Disney."
Primeiro que ela TERGIVERZOU aí, uma coisa não tem lá muito a ver com a outra, no máximo que a filha sabe falar algo de inglês. E porra, 4 vezes? Enquanto isso, o máximo que eu fui foi no já decadente TERRA ENCANTADA(alguém lembra de lá?).

Gente antenada que nem em sonho dormirá com roupas da RENNER, vestimenta da RALÉ


"Mas ela sabe do que se trata?

Sandra: Uma criança de 3 anos sabe."

Uma criança de três anos se bobear nem sabe cagar no lugar certo ainda, olha a merda que ela fala.

"Sabe o que eu acho? Se a gente comprasse na C&A, na Riachuelo, elas não estariam tão antenadas. Eu não imagino minha filha colocando uma roupa da Renner nem para dormir."
Isso é errado de tantas maneiras, começa que elas tem nem 10 anos, era pra elas nem estarem pensando em roupa era pra elas estarem vendo esses desenhos ruins que passam no Cartoon Network ou ficar vendo aquelas séries piores ainda da NICKELODO, ao invés disso elas tão sofrendo uma lavagem cerebral logo na idade na qual nós sentimos mais falta quando ficamos velhos. É criminoso.

"A minha foi para Disney no ano passado, vai de novo e, no ano que vem, quer Paris. Vamos levá-la à Eurodisney."
Eu até entendo o fascínio pela Disney, eu até quero ir, apesar de ser na Flórida, mas não tem um lugar melhor pra essas crianças irem? Se falar do L'ouvre pra elas vão achar que é uma marca nova de bolsa.

"Será que na escola existe uma "alta sociedade infantil"?

Todas: Sim, claro.

Renata: No ano passado, teve até uma polêmica. Quase todas as crianças tinham ido à Disney. Como fazer com as que não foram?

Sandra: A Carol foi pela primeira vez aos 3 anos."

Essa polêmica aí é um troço tão vazio que nem em high school americana deve rolar um troço desses. Surreal.

Renata: Eu sou muito simples. Meu marido está em Las Vegas, mas ninguém precisa saber, entende? Eu, em Santos (ela mora lá), dirijo um Vectra. As pessoas pensam: "A Renata comprou um imóvel de R$ 2 milhões e anda de Vectra!"
Essa é a melhor declaração na entrevista inteira, dá até pra treinar PHOENIX WRIGHT com essa resposta, pois se voltarmos um pouquinho...

Compram na muito Disney?

"Renata (ri): Fomos com duas malas, voltamos com cinco."
OBJECTION!

Resumindo, elas sugam o dinheiro dos maridos e isso tá estragando as crianças, que vão crescer achando que só essas coisas caras tem valor, achando que só a escória usa C&A, Renner, ou Riachuelo. Imagina essas crianças daqui a 10 anos a merda que vai dar. Legal seria se elas depos de mais velhas comprassem algo numa C&A europeia e a mãe visse que ela comprou na C&A, ou a mmãe entrava numa crise existencial ou enchia a filha de surra de cinto.

Mas se aqui temos isso(e lá fora as mães de modelos mirins assim devem ser ainda piores), nos Estados Unidos, uma mãe que virou esteticista pelo INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIROaplicando botox na filha de 8 anos, o que é basicamente como se o enredo de um filme ruim da Jessica Simpson se tornasse realidade. E olha que uma criança querer ser uma superstar é algo compreensível, mas não sei o que é pior, se é a afirmação que as outras mães fazem isso(ou seja, a moda vai pegar por aqui) ou se é o fato da criança ter gostado disso tudo. Ah, a infância perdida que não vai voltar... E olha que isso não aconteceu na Inglaterra, o epicentro de coisas bizarras no mundo, a mais nova na Inglaterra é uma velha jovem de 15(!) anos.

E quando crescerem, o que poderá acontecer com elas? Bom, elas podem enlouquecer(não literalmente, eu acho, embora hajam chances) e ficarem obcecadas como as mães. Sem falar que por enquanto são só roupas, bolsas, Disney, Paris e uma eventual depilação completa após uma dose de botox. Quando ficarem mais velhas, as que eventualmente ingressarem na carreira de modelo certamente terão uma pressão das mães e começará a bulimia, anorexia, aí ela vai ficar assim, como essa modelo, achando que engana alguém.

À direita uma modelo da Victoria's Secret, à esquerda a sua versão MINI CRAQUE(ou modo cabeção do NBA JAM)

E tem mais, uma coisa que me chamou a atenção essa semana foi que a sobrinha da hypada Gisele Bundchen conseguiu seu primeiro contrato como modelo aos 4 anos de idade. Se for levar em conta que as irmãs da Gisele tentaram seguir os passos dela e fiascaram, eu lamento profundaente pela criança, tou achando que pode haver uma pressão maior do que as relatadas acima. Isso se a tia famosa não resolver intervir na carreira dela, aí sim a coisa ficará feia. O que é uma pena, pois a criança é bem bonita.

E pensar que tive uma infância normal faz isso tudo ficar pior, a modernidade e essa hipocrisia que é o politicamente correto foderam com o mundo. Isso aqui que era bom:

Uma década que teve como trilha sonora DJ BOBO só pode ser a maior de todas.

Jackal(que fez esse post pensando nas criancinhas e as infâncias estragadas por aí)