sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Álbuns históricos: What Up Dog (1988)




Existem alguns momentos na vida de quem gosta de música que surge um álbum que é bom do início ao fim, um álbum que não há falhas. Eu tive a felicidade de encontrar vários assim(ou que chegaram muito perto disso), como The Stranger de Billy Joel, Bat out of Hell de Meat Loaf e alguns que chegaram muito perto como Tapestry de Carole King e Songs From The West Coast de Elton John. O álbum do qual falarei hoje faz parte dessa relação e é talvez da banda menos conhecida entre todos o que citei acima.

Was (Not Was) é uma banda de Detroit que surgiu na década de 80 fundada pelos irmãos de palco Don e David Was, o grupo mistura vários estilos diferentes, o mais adequado pra defini-los seria art-funk. O album com maior sucesso de vendas é What Up Dog, mas antes dele eles já faziam sucesso com músicas mais voltadas pro lado dance, como Tell Me That I'm Dreaming e Wheel Me Out. Mas vamos falar das músicas desse álbum, uma de cada vez.

A primeira canção, Somewhere in America There's a Street Named After My Dad, fala sobre a desilusão de morar nos Estados Unidos e o sonho de se sentir em casa. Bruce Springsteen elogiou essa música publicamente na época. Logo após vem um dos pontos altos do disco: Spy In The House Of Love. Funk da melhor qualidade, desde o solo de sax no começo até o baixo de Don Was. Foi #16 na Billboard e inspirou Steve Winwood a regrava-la com outra letra em 1997.

A próxima música é o fim de uma saga. Out Come The Freaks tem 3 versões diferentes, a versão frenética de 1981(canção inicial do primeiro album), a versão mais lenta de 1983, e a versão mais pop das 3, a de 1987. Todas as três tem em comum o ritmo(embora em estilos diferentes) e o refrão "woodwork squeaks, out come the freaks". A letra muda de uma música pra outra, assim como o nome da música. O nome verdadeiro da versão desse album é (Stuck Inside of Detroit With The) Out Come The Freaks (Again). Sobre o que é a música? Gente maluca e suas histórias. A versão de 87 cita Trotsky, Che Guevara e John Coltrane.

A música seguinte é Earth to Dorris, um dos monólogos do David Was que são característicos da banda.



Depois dela vem uma daquelas baladas típicas de Antena 1, Good Times ou qualquer algo romântico nesse estilo, Love Can Be Bad Luck. E então volta a uma múisca dançante com Boys Gone Crazy. Em seguida vem a música que na minha opinião e a melhor do album, 11 MPH. As versões ao vivo não são tão boas comparadas com a de estúdio porque ficam mais rápidas. O ritmo da original é perfeito, com destaque pro solo de gaita de David Was no meio da música. E não se vê por aí muita músicas falando do assassinato de Kennedy por aí.

A música tema, What Up Dog, é parecida com Earth to Dorris, tem uma letra nonsense no começo e depois um monólogo, que fica melhor quando ressaltado pelo clip feito pra musica. Anything Can Happen é uma das melhores músicas do album, poderia ter virado hit tranquilamente. Robot Girl é uma excelente musica dance que  fez bastante sucesso nas pistas europeias ne época e ainda é tocada nos shows da banda.

E então surge Wedding Vows in Vegas, com Frank Sinatra Jr. cantando. Música incrível, cantou igual ao pai. E a letra também é excelente. Letra excelente também tem Anytime Lisa, outra balada, talvez até mais bonita que Wedding Vows.

E chegamos ao maior hit do album. Uma música que não é tão estranha pra alguns de vocês, lembram do filme Super Mario Bros, de 1993, aquele que quase todo mundo não gostou muito? Se vocês lembram, certamente essa música acabou grudando na sua cabeça. Walk The Dinosaur encaixou perfeitamente no conceito do filme e a versão da lenda do funk George Clinton é ótima, mas a original é insuperável com sua coreografia fácilde ser feita e o falatório sem sentido no meio da música("Elvis landed in a rock-rock-rocket ship, healed a couple of lepers and then disappeared. But where was his beard?"). Foi gravada pelo Clinton, depois por Queen Latifah quando saiu A Era do Gelo 3(mas evitem ouvir essa versão) e o refrão é um bom meme do 4chan. 



Mantendo o ritmo acelerado vem em seguida Can't Turn You Loose, que vocês devem se lembrar quando assistem Blues Brothers, só que aqui ela é cantada. Então vem a última balada do album, Shadow and Jimmy, uma parceria com Elvis Costello. A última música é Dad I'm In Jail, um monólogo que é um favorito entre os fãs e sempre é feito durante os shows no meio de I Feel Better Than James Brown ou antes de Carry Me Back To Old Morocco.



É um excelente album, recomendo a todos ouvirem, é fácil de achar pra baixar, não sei se tem pra comprar, aqui no Brasil não tem como achar CDs a não ser a um preço alto de sites de importação. Ou então pela Amazon ou o eBay. Eu achei esses dias no Mercado Livre o LP por um preço bom e pretendo comprar pra botar numa moldura e pendurar no meu quarto, isso deve explicar o quanto bom eu acho esse disco.

Jackal (que depois de muita busca achou um cd de greatest hits bom e num preço razoável no eBay, 11 dólares)

domingo, 17 de junho de 2012

Analisando trilhas sonoras: Sonic CD




Sonic CD, um clássico da SEGA, ainda que obscuro pelas maneiras que foi lançado(o fiasco MEGA CD, depois pra PC e uma década depois no Sonic Gems Collection), é um dos mais celebrados pelos fãs até hoje. Eu já falei sobre o jogo no meu blog faz um tempo, mas voltarei ao assunto pois há algo curioso e que causa discussões até hoje: a trilha sonora.
Por algum motivo que desconheço há duas trilhas sonoras pro jogo: uma japonesa/européia e uma americana. O que mais se vê em certos lugares do Youtube são discussões  sobre qual trilha sonora é melhor. Eu estive falando com a jovem Cacaut sobre as trilhas e nossas preferências são diferentes, então resolvi me mexer e botar minha contribuição nesse debate. Eu defenderei a versão americana(composta por Spencer Nielsen) e Cacaut defenderá a versão japonesa.
O jogo tem como característica principal as viagens no tempo,  há o presente, o passado, o futuro bom e o futuro ruim. Quatro músicas por fase, sete se juntar as duas versões(a música do passado é a mesma pros dois, a japonesa).

Palmtree Panic

Palmtree Panic  é aquela primeira fase clássica de Sonic com um lugar todo ensolarado  cheio de palmeiras e que geralmente consagra músicas(vide Green Hill Zone). O Present US tem uma música que tem um ritmo perfeito pra fase,  tem guitarra, mas não é aquela guitarra enjoada de quando o Sonic ficou 3D, e a percussão é ótima, combina bem mais que a versão japonesa, embora ela também tenha muitos méritos(principalmente pelo piano).  O Past é talvez a que mais combine de todas, ficou uma bossa nova que deu certo.  Em ambos os futuros a versão americana deixa um pouco a desejar e perde pra japonesa,  Spencer Nielsen manteve a percussão campeã do Present, mas o resto ficou fraco, a BadFuture US chega a ser um pouco melhor que a Good Future US e até combina mais com a fase arrasada do que a versão caótica( e boa) do Bad Future JP. E como a Good Future JP é uma versão da Present JP com  um Elton John louco de pó(ouçam o solo e vejam esse vídeo a partir de 3:10, a loucura e caos são bem semelhantes ), a versão americana não consegue nem chegar perto.  A versão japonesa tem até um excelente remix na OC Remix, mas ao menos a versão americana tem ao menos duas músicas de regulares pra ótimas, algo decente.

Uma versão só com o piano de Palmtree


Collision Chaos

Collision Chaos é fase que é um pinball que parece estar em construção. É a fase onde Amy Rose é seqüestrada, mas isso não é importante. A Present US é excelente, até por parecer despretensiosa, é simples de se ouvir e boa pra se andar pela fase,  a Present JP pode até ser boa, mais movimentada e tal(e ter proporcionado um dos melhores mash-ups com o tema de Fresh Prince of Bel-Air), mas a Past é bem melhor e mais viciante.  Nos futuros a coisa fica mais complicada, A Bad Future JP é boa, até foi remixada pra um jogo recente de DS do Sonic, mas pro tom triste e caótico do futuro ruim(único momento em que essa fase fica difícil) a Bad Future US vence. Já no Good Future, Nielsen até consegue fazer uma ótima música, com destaque pra guitarras, mas o Good Future JP fez um música clássica, viciante desde o começo e que combina mais com o bom futuro, a música é tão boa que ganhou dois remixes no OC que são quase tão bons quanto a música original.

Collision Chaos - Past


Tidal Tempest

Fase aquática, apesar disso não é tão complicada. A melhor música de toda a versão americana é a Present US dessa fase. É  algo que me faz mexer a cabeça involuntariamente e esse coro é a cereja no bolo. E rendeu o melhor mash-up de todos. Cacaut falou sobre a Present JP, mas ela demora pra emplacar, embora seja boa. A Past chega direto ao ponto bem mais rápido. Nos futuros, a escolha fica complicada no Bad Future,  a Bad Future JP é movimentada e angustiante, mas me lembra música de chefe de Crash Bandicoot, Bad Future US é algo triste, lugar destruído , toda a vida morta, água suja, o coro não está feliz, combina mais. No Good Future o groovy ganha do meloso, Good Future JP é inferior no geral, enquanto Good Future US é uma ótima música, na qual viciei desde a demonstração do jogo. Aqui é talvez a maior vitória do jogo pra Spencer Nielsen.


Um dos melhores remixes relacionados a Sonic CD

Quartz Quadrant

Quartz Quadrant é uma fase de mineração, meio apertada em algumas partes e com robôs que merecem uma atenção diferenciada. O Present US é inteiro de guitarra, o que dá certo e faz com que seja melhor que o Present JP, que é mais elaborado, mas demora um pouco pra chegar na parte boa(18 segundos). O Past é excelente e diferente do resto das outras versões dessa fase. Até chega a ser a melhor música da fase. Os futuros são meio fracos, o Good Future US tem como mérito o coro cantando a mesma coisa sem sentido que canta em Wacky Workbench, mas o Good Future JP é uma versão mais suave e até com violino(!) da Present, é a melhor. A verdade é que os futures da versão americana são iguais na abertura, o que faz perder pontos comigo. O Bad Future US  tem o coro gemendo e com uma guitarra que salva a música de ser vazia.

Contra Robotnik em Quartz Quadrant


Wacky Workbench

Uma fase traiçoeira e complicada até pra quem joga regularmente. Present US é uma das melhores músicas do jogo, a guitarra e o coro dão show. Entretanto, Present JP combina mais com a fase com seu Eurodance japonês. A verdade é que excetuando a Good Future, todas as japonesas dessa fase tem material que se algum DJ da época tivesse remixado virava hit, isso na mão de Technotronic  era #1. A Past dessa fase é a segunda melhor do jogo. Nos futures a versão americana perde nas duas, sendo que a Good Future US ainda é razoável.  Curiosamente a Bad Future JP faz referência à Good Future JP.

Um remix geral de Wacky Workbench

Stardust Speedway

A fase é bonita de ser ver, boa de se correr e emblemática pelo duelo com Metal Sonic. É aí que a versão japonesa começa a abusar de usar rap, o pior é que funciona , ao menos nessa fase. O Present JP vence a boa música do Present US sem maiores contestações. A Past é Eurodance puro, a começar pelo YEAH longo no começo da música, tentaram fazer algo melhor na OC Remix e não chegaram nem perto, é a melhor Past do jogo, só uns raps melhorariam ainda mais a música. Nos Futures a situação é interessante,  pois o critério muda, a questão é ver qual música é a melhor pra correr contra Metal Sonic, uma corrida caótica e preocupante , especialmente pra quem está fazendo isso pela primeira vez.  A Bad Future JP é a melhor pra essa corrida, as duas americanas não deixam a desejar, só a Good Future JP deixa a desejar nesse aspecto.

O exemplo mais gritante de Bad Future em Stardust Speedway

E os duelos com Metal Sonic: 1993 e 2012 


Metallic Madness

Uma fase longa, enjoada e nojenta , do jeito que uma última fase deve ser. É aí que o abuso de rap na versão japonesa fica meio sem sentido, ainda que a Present JP seja excelente. a Present US vence por combinar mais, é uma música que vai te cansar a mente e te induzir ao erro, principalmente se você tiver passado por todas as fases direto e já estiver começando a cansar. A Past é mais tranqüila, mas agitada, ainda passa a impressão que as coisas estão sérias e há algo a ser feito. O BadFuture US é melhor que o Bad Future JP por apostar em algo mais simples, a versão japonesa abusa do rap e isso estraga um pouquinho.  Na Good Future a versão americana leva essa, a Good Future JP tem um problema: é muito doce pra aquele momento do jogo. Última fase do jogo, única fase desse jogo onde se pode cair facilmente num poço sem fundo, momentos de tensão, a música fica deslocada, nesse caso a Good Future US vence.



Extras

A música japonesa pra enfrentar o Robotnik é incompreensível, de acordo com a Wikipedia foi inspirada em George Clinton, mas não combinou nem um pouco. A americana é mais sombria, com uma risada boa pra assustar criança. Entretanto a Final Fever japonesa(a versão japonesa teve música específica pro último chefe, a versão americana repetiu a canção) é respeitável. Em músicas menores como do tênis de velocidade e de passar de fase a versão americana também vence, nem tem o que discutir.
O problema é nas músicas de abertura/ encerramento. You Can Do Anything é frenética e excelente, mas acho que SonicBoom combina mais pra abertura, embora eu lamente o fato de não haver uma versão de 3 minutos de Sonic Boom que nem tem na versão de encerramento nem ao vivo, o máximo que fizeram foi uma versão comemorativa pra um cd comemorativo com a eterna Crush 40. Cosmic Eternity é boa de se ouvir andando na rua, mas não combina tanto com o final, a versão lenta de Sonic Boom vence. Claro que há o final corrigido da versão de 2011, com os efeitos sonoros certos e com uma Cosmic Eternity instrumental e remasterizada, mas vamos nos ater ao original aqui.


Em breve Cacaut aparecerá por aqui e defenderá a trilha sonora japonesa, enquanto isso, aproveitem a música.


Jackal(O post ficou meio longo, mas pra próximos posts dividirei em partes. O próximo post longo também é sobre música, voltarei a analisar uma discografia, mas ainda vai levar um tempo.

Destruindo a diversão aos poucos.



A patrulha do politicamente correto é uma praga que tá aí desde algum momento da década de 90, foi necessária em alguns momentos, mas no geral só rendeu momentos pífios, onde coisas que gostamos estão sendo tiradas de nós com o argumento de que fazem mal(o que é verdade, mas não nos importamos), além de estar nos engessando de várias maneiras. Desde 2010 eu tento escrever algo sobre isso, mas nenhum ficou bom o bastante, o assunto é extenso. Hoje falarei sobre a mais recente tendência desse povo.


A história não é doce como essa foto


O berço de boa parte dessas palhaçadas é São Paulo, um lugar onde aparentemente tentam matar a diversão de uma maneira nova a cada dia e assim fico sem poder defender o lugar de cariocas que falam mal de lá gratuitamente(sou carioca, mas admiro o lugar, mesmo sem nunca ter pisado na terra da garoa). Toda hora sai algo de lá, confusão da USP, aquela mulher falando da "gente diferenciada", etc. A mais recente é que querem destruir a santidade das festas infantis, paraísos da comida gostosa e com gosto de infância para torna-las saudáveis. O troço é tão absurdo que vou comentar aqui partes da notícia, que está aqui em negrito e meus comentários em letra normal.


Sai a coxinha de frango, entra o muffin de abobrinha. E, no lugar do refrigerante, água aromatizada ou suco orgânico. Preocupados Paranóicos com o avanço da obesidade infantil e com a saúde das crianças, os pais têm buscado uma alimentação saudável para os filhos até no dia de comemorar o aniversário. E os bufês da capital já se adaptam à tendência.

Tudo bem, eu até entendo que a obesidade infantil é um problema crescente que o Globo Repórter não aumentou muito quando abordou o tema(diferente do que acontece com outros temas relacionados a saúde), é interessante botar uma alimentação saudável que eventualmente tenha comidas mais gostosas, embora isso não seja toda a resposta da questão. O Preocupados foi trocados por Paranóicos ali em cima porque apesar do Globo Repórter não ter aumentado tanto assim o assunto fez o bastante pra render isso. Nessa hora que faz falta uma avó pra dar salvar o neto e deixa-lo comer o que quiser, a criança já come de uma maneira controlada e justo no aniversário, quando poderia haver uma alforria de um dia, a comida é ainda pior. Eu só li o tal muffin de ABOBRINHA e estou tentando digerir faz meia hora. E nem falei do caldo de legumes, algo que deveria passar longe de um ambiente feliz de um aniversário. Mas o suco é uma boa ideia.


Para garantir a adesão às opções naturebas, vale a ajuda dos recreadores, que fazem piquenique e transformam o suco de fruta natural na poção mágica que dá superpoderes. "As mães ficam satisfeitas porque veem que os filhos comem de verdade", diz Julia. 

As crianças não são tão burras pra cair nessa tão facilmente, é mais simples que o suco é bom, elas não vão ter outras opções de bebida por lá mesmo. Melhor cortar a hipocrisia, falando nisso, como a vida é meio que movida a hipocrisia mesmo, eu seria capaz de apostar que essas mães fazem essa com os filhos e mandam ver num McDonalds pra diminuir a paranóia, devem até suspirar de alívio quando mordem o sanduíche. E então pra compensar exageram na questão da comida saudável pros filhos pra ter aquela paz na consciência que só não é tão boa quanto um Angus com um McFlurry de Ovomaltine.

Inaugurado há quatro anos, o Miniland propõe um cardápio que também agrade aos adultos. "Sou mãe e frequentava muitos bufês. O cardápio era sempre a mesma coisa", conta Simone.

Isso é incontestável, mas a mudança foi radical demais, nem os avós vão pra uma festa dos netos pra tomar sopa de legumes, isso eles podem fazer em casa.

Só uma dupla resiste ao apelo natureba das novas festinhas: bolo e brigadeiro estão garantidos em todos os cardápios - às vezes, feitos com açúcar orgânico. Outro item que pouco muda em relação aos bufês tradicionais é o preço da festa. Uma comemoração natureba para 50 pessoas pode custar cerca de R$ 5 mil.

Felizmente o povão não vai copiar isso, ao menos por enquanto. Com 5  mil reais dá pra se fazer uma festa com salgadinho, refrigerante, doces, cachorro quente e bolo pra umas 250 pessoas e ainda sobra. Eu queria ver a reação de uma tia que eu tenho que já distribui saco plástico no começo de festa infantil pros convidados pegarem doces no final e faz uns salgadinhos ótimos sobre essa notícia. Acharia que o mundo está acabando ou ficando chato, o que não deixa de ser verdade.

Mas qual seria a solução? Alternem as duas coisas, façam umas comidas saudáveis que pareçam boas a partir do nome e sejam realmente boas(algo que uma sanduíche de beterraba não é), ofereçam mais opções de comida(70% comida saudável, 30 % comida normal de festas) de uma maneira que se possa comer das duas, até porque os convidados não podem sofrer pela paranoia alimentar alheia. A ideia dos sucos é muito válida, por sua vez, só não precisa dessa palhaçada de chamar de poção mágica, as crianças estão mais espertas pra essa besteirada de recreadores.

Jackal(abaixo a abobrinha, viva a empadinha)

sábado, 16 de junho de 2012

Demência rural

No post passado falei sobre demência individual, a demência de hoje é coletiva. Eu gosto de reality shows, mas nunca acompanhei nenhuma edição de A Fazenda, no máximo via uns pedaços pra estar em sintonia com as notícias que apareciam e os surtos eventuais(Théo Becker, principalmente). É um reality já voltado para o conflito, as listas de participantes comprovam isso.

Nessa edição atual não está diferente, mas eu estou vendo um fanatismo crescer em relação a alguns participantes que é meio incompreensível. Entre outros, essa edição do programa conta com Viviane Araújo, que é bem conhecida pelo belo corpo e por ter sido casada com o pagodeiro de apelido contraditório Belo(e toda vida conturbada com ele e a atual esposa), além dos inúmeros ensaios nua(e um fato mais obscuro: ela foi semifinalista do concurso da Morena do Tchan no distante 1996 no Faustão), uma veterana. Conta também com Nicole Bahls, Musa do Brasileirão, ex-panicat, caso do Neymar, a pior Playboy de 2010(na minha opinião), conseguiu aparecer em sites gringos como o Egotastic depois de ter um lance com o Akon quando ele esteve no Brasil.,além de ter namorado o garoto propaganda nacional de Carmageddon, Thor Batista. A geração atual. É o encontro da geração atual com a geração '96 (que também tem nomes como Mari Alexandre e Nana Gouvea). Também há uma representante de uma geração mais antiga ainda, Gretchen, mas ninguém deve acha-la atraente hoje em dia, principalmente depois daquele primor que foi o filme dela.

A palavra de hoje é: sensualidade

Logicamente esse encontro está rendendo caos, ódio e destruição. A ex-panicat tá arranjando conflito e atacando quase todo mundo, tendo como maior alvo a ex-RADAMÉS. Até aí, tudo bem, você já esperaria algo assim, embora eu esteja um pouco surpreso com o baixo nível que a discussão chegou em tão pouco tempo. O problema é a mobilização que isso causa na internet. Eu sigo no twitter mais de 1000 pessoas pra poder ver vários panoramas de vários assuntos, nessa semana eu comecei a notar uma guerra no twitter(é tão patético quanto o termo soa) entre fãs de Nicole e Viviane, um show de ofensas vindo de fã-clubes, fakes e algumas garotas que parecem querer seguir os passos de periguetismo das duas. Os fã-clubes por si só já são discutíveis, mas como no twitter qualquer imbecil de uma União Colírios da vida tem twitter de fãs sem fazer ou ser nada nem vou entrar tanto nesse assunto.

O que eu quero entender é porque é que tem gente tão devotada com essa discussão ao ponto de defender com unhas e dentes na internet, partindo pra ofensa, seja aos fãs da outra, seja a própria participante. O que essas pessoas ganham com isso? Estou pensando na resposta desde segunda feira e ainda não consegui decifrar o que leva as pessoas entrarem na internet pra fazer um troço assim. Porque já há um padrão, todo reality show novo fazem fã-clubes e o show de ofensas continua, as pessoas até podem se ofender, mas que arranjem uma razão decente pra isso. Eles devem saber que provavelmente não sofrerão nada juridicamente falando, aí podem soltar o verbo porque nem todo mundo é retardado como a Simony(por favor, não me processe) que processou um cara que chamou a filha dela de demônio.

 E a parte mais divertida disso tudo é que mesmo com toda essa confusão e mobilização na internet essa edição do programa(e a Record no geral) está fracassando a olhos vistos, apanhando de Ratinho e Carrossel. Mas não dá pra esperar muito de uma emissora que quer tomar o primeiro lugar mas coloca 4 horas diárias de Everybody Hates Chris na programação ao invés de tentar criar algo. Acho que nem há mais o que ser dito sobre isso, divirtam-se e evitem fazer vergonha por reality shows.

Jackal(O próximo post já está pronto e está longe desse estilo TV Fama, aguardem novidades nos próximas horas)




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Criamos um monstro

Lembram de um post simples feito antes de um dos meus desparecimentos? Aquele com a foto da filha do Renato Gaúcho? Pois é, na época que essa foto(juntamente com outras melhores) estourou na internet se iniciou um hype em relação a ela comparável ao que existe em relação a Jessica Esteves(ex-Bom Dia & Cia, o motivo pelo qual tolerávamos Kauê na tv).
 
  Melhor que rodar a roleta e ganhar um Jogo da Vida

 Mas voltando aos Portaluppi, Renato, com todo o seu passado de pegar metade do Rio de Janeiro é extremamente ciumento com a filha, ele botou câmeras no quarto da filha, houve um tempo em que ele esperava todo o time do Grêmio jantar pra entrar com a filha na refeitório, sempre disse que ela estudaria antes de namorar e etc. Eu que sou do Rio ocasionalmente esbarrava com notícias assim. E eu até acreditava nisso, até que as fotos surgiram e se espalharam pela internet. Festa pela internet, vitória do mundo, um monte de gente já se preparando pra ir em Ipanema chamar Renato de sogrão, e com justiça, pois ela realmente é sensacional de se ver e fotos de biquini ajudam nisso.



 O problema começa a partir do momento que ela se deslumbra com a história de virar modelo largando a faculdade. Se parar pra pensar até era um caminho natural a ser tomado, o detalhe é que com o fato de ser modelo as pessoas resolveram olhar mais para o rosto dela. Não me entendam mal, ela é bonita, mas ela me lembra aquelas garotas de escola que a gente se ilude achando mais bonita do que é e só um ou dois anos depois a lente da verdade cai sobre nossos olhos e deixamos de superestimar. Mas até aí tudo bem, se levar em conta que algumas panicats são modelos e se fazem valer mais pelo corpo do que pela beleza em si. Mas a pior parte é que com todo esse endeusamento a ela acabamos valorizando o passe dela(ao menos na cabeça dela)e agora ela tá cobrando dois apartamentos do pai pra não posar nua, ela já quer botar silicone(!) e tudo mais. Lembram do Parâmetros? Então, mesma coisa, só na cabeça dela e de algumas pessoas ela vale isso tudo, mesmo tendo uma lua cheia na cara. E ela perdeu pontos com essa história de dois apartamentos, isso é demência e dá pra ver que ao menos nisso ela puxou o pai.

 Minha previsão é que em breve ela fará Paparazzo e se ela continuar em evidência nos próximos 2 anos ela descola uma Sexy. Mas você quer a verdade sobre ela? É bonita, tem um belo corpo, mas aqui no RJ tem várias melhores e olha que o RJ não é o melhor exemplo de beleza. Eu mesmo conheço algumas melhores, seja apenas em corpo, seja no conjunto da obra. Mas vamos aguardar e ver no que isso dá.

 Jackal(6 meses fora, agora é não sumir mais. Mais posts em breve)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A auto-entrevista

2012. O ano em que o mundo acabará pra muita gente(ou não). Começo esse ano com uma entrevista de mim pra mim mesmo, praticamente sem censuras, com algum tempo de atraso, já que eu devia ter feito isso antes do ano novo, mas enfim. E o entrevistado é o dono desse blog, Wenceslau Alves Nogueira Neto, um visionário, um empreendedor, um apaixonado, um maluco, um apreciador de boa música, um dos melhores jogadores da América do Sul. Uma pessoa que teve nesse ano grandes conquistas e será visto nessa entrevista praticamente sem censura analisando 2011 e suas duas décadas de sucesso na vida. Foi pdido pra que se fizessem perguntas pra ele, mas aparentemente ele não é interessante, mas ainda assim a entrevista foi feita. O entrevistador é ele mesmo, não há pessoa melhor pra esse caso. As perguntas serão em negrito e as respostas em letra normal.

Wenceslau na noite e suas admiradoras


Começamos, então. Pois bem, 2011, como foi esse ano pra você?

2011 foi um ano que se salvou por alguns acontecimentos e por algumas pessoas específicas, mas no geral foi um lixo, muito por minha causa. A preguiça que já tenho naturalmente me quebrou de novo, só pra variar. E olha que esse foi um ano de mudanças, um ano histórico, se levar em conta algumas coisas que aconteceram.

Dê exemplos, se não me engano você chegou a ir em choppada esse ano...

(interrompe) Choppada e outra festa específica, a La Noche. Levei 3 anos pra ir numa choppada ou numa festa em uma boate, isso se levar em consideração apenas o tempo de faculdade. Sempre tive a curiosidade pra ver como era, resolvi porque era melhor do que ficar em casa vendo se tinha alguém on no chat do Facebook e dormir.

Sim, mas no fim das contas você foi lá pra tentar a sorte, não?

Até onde sei, ninguém vai lá só pra dançar. Eu tinha algumas pessoas em vista, saber que algumas delas iriam seria só um estímulo. Levando em conta que ultimamente eu cheguei a fazer aula de dança e ir na Bola de Neve por causa de alguém que eu gostava, isso seria o de menos. Mas o problema é que eu não sei abordar as pessoas em lugares assim. A primeira experiência foi numa choppada depois da aula, na quadra da Leões de Nova Iguaçu. O povo ficava lá dançando, as luzes piscavam, a música era alta(mas isso foi fácil de se acostumar), pra me ambientar levou um tempo. Eu rondei um pouco pra ver quem estava, daí que eu vejo uma garota que eu tava de olho, primeira vez que eu a vejo o dia todo, ela tava com um grupinho de amigas e quando eu cheguei a meio metro de onde ela estava, ela me viu e se abaixou escondendo. Por mais que tenham dito pra mim tempos depois que não era isso, eu duvido e ainda não esqueci disso. Como eu sou trouxa, ainda falo com ela e não desisti. Não vou falar quem é, até pra preservar identidades, etc, mas não é de Turismo.

Qual foi a maior lição que você tirou das duas festas?

Que não sei dançar. Eu só fazia vergonha por dançar mal. E que timing é importante pra evitar ver alguém que você tá de olho aos beijos com um qualquer. E também que não devo aceitar perguntas ruins, especialmente quando são pro Gil Brother.

E isso nos leva a Gil Brother, como é o cara ao vivo?

Eu gostei da apresentação dele, o problema foi mais pelo fato do local ser um ovo e por isso a interação não ser a ideal, mas no geral foi ok. O cara é maneiro, ficou recepcionando o pessoal na entrada do evento, ficou desenrolando com duas garotas de Turismo e quebrou o óculos escuros enquanto dançava break. Ele me deu um esporro na hora de fazer minha pergunta, mas a pergunta era um lixo, nem foi tão ruim. Só queria não ter feito a pergunta, mas ficaram gritando o meu nome, deu nisso.

Wenceslau meets Gil Brother


Te parece sua popularidade na Rural aumentou esse ano?

Eu não entro muito nessa questão porque podem me achar metido ou algo do gênero. O que acontece é que eu me esforço pra conhecer muita gente, seja no meu próprio curso, seja em outros. Eu gosto da presença das pessoas e de ouvi-las, e conhece-las. 2011 foi bem frutífero nesse aspecto, apesar de eu ter tomado algumas decisões e feito algumas coisas que deixaram o pessoal reclamando. Em especial as duas eleições e o caso da caixa de som. Mas valeu por conhecer gente nova de Turismo e gente de outros cursos, como o atual terceiro período de História, Beatriz e Monique, Patrícia(a de Matemática), Thaiane...

As eleições te causaram problemas, não?

A primeira muito porque eu não sei calar a boca. Minutos depois dos resultados eu falo que entrei na chapa pra conseguir experiência e ano que vem abrir minha própria chapa. Eu não menti, o problema é que isso não caiu muito bem, até porque minha chapa perdeu. Não houveram grandes perdas, só uma desconfiança. Já a segunda eleição foi uma na qual eu não acreditava num resultado positivo e fui surpreendido. Deu merda porque eu entrei numa chapa contrária à do pessoal de Turismo, e sem ser de propósito, houve gente chiando por um tempo. No fim a profecia foi cumprida por acaso. Agora é trabalhar duro, uma vez que a eleição que ganhei foi a do DCE. E olha que pensei muito antes de entrar nessa chapa.

Alguém que mereça um destaque nesse ano?

Bastante gente, mas como eu já me detalhei no Facebook antes do ano acabar falarei de algumas pessoas em especial. Rafael Schneider é um maluco que contra todas as possibilidades veio parar no Rio sem ter lugar pra morar, a sorte é que o pessoal o adotou e hoje ele é quase um carioca, apesar de ser paulista. Um dos melhores amigos que fiz em muito tempo. Da turma dele vale destacar também Marina, excelente pessoa, junto com o Schneider uma das melhores confidentes desse ano. Mas se for falar da melhor confidente desse ano, uma grande pessoa, essa é Isabelle Macário, que apesar de ser um espetáculo de bonita não acredita que seja. As melhores conversas do ano foram com ela, especialmente a pós-La Noche. Uma pessoa que devo mencionar, até porque esqueci de desejar Feliz Natal e todo o resto, é a Julie, a quem aproveito o momento pra agradecer por 2011. Gente assim fez o ano valer a pena.

Mudando de assunto, mas nem tanto, esse ano foi histórico no aspecto amoroso, apesar de ter sido uma embriaguez de fracasso...

Porra, o ano não foi essa merda toda não! Eu tentei valentemente o ano todo, consegui quebrar algumas barreiras que me prendiam fazia tempo, claro que não adiantou muito no fim das contas, mas tou melhorando. Tipo, quando você perde o BV e a galera comemora como se fosse gol do Brasil não tem como o ano ser um fracasso completo. E a história de como aconteceu é boa. Mas de resto foram tentativas e fracassos, alguns já oficializados e outros adiados pra esse ano. O legal é que gente próxima a mim me chamou a atenção num dado momento do ano porque eu só me interessava por gostosas. O negócio é que todo mundo fala pra eu esquecer nisso e pensar em outras coisas, e eu tento, mas é uma merda ficar sozinho, aí eu fico decidido a tomar uma atitude. E tem uns imbecis que tem que se dar conta de que eu não irei num puteiro, por mais que eles insistam pra que eu vá.

Saindo da faculdade, e a vida como foi?

O ano foi um pouco mais conflituoso que o normal com meu pai, com minha mãe foi ok. Felizmente há a internet pra poder relaxar e falar com gente que já se tornou indispensável pro meu dia a dia. Sem falar nos velhos amigos, que são sempre bons de se ver na rua e visitar nas férias(ou até em dias normais, se o amigo em questão for o Douglas). Eu sinto falta dos velhos tempos, embora esse ano tenha tido muitos bons momentos. Encerrei o ciclo com o Equipe, agora que a turma da Caróu terminou o colégio não volto mais, exceto talvez em festa junina. Aliás, a formatura deles foi fantástica. Escrevi cartas em um ritmo alucinado no último ano e no começo desse. Mas disso falaremos mais com calma daqui a pouco.Fui no Rock in Rio, mas já contei tudo aqui. O que se vale destacar é o dia seguinte a isso, onde pela primeira vez eu conheci gente que só tinha visto pela internet. A Dely seria a primeira, mas não esperei o bastante e fui para o Nobre in Rio, onde conheci muita gente com quem falava via players ou twitter, foi um dos melhores momentos do ano. Depois de lá eu ainda tentei voltar pra Cidade do Rock pra ver se eu a achava na saída, mas depois d 36 horas sem dormir acabei cochilando no ônibus e fui parar na Alvorada.

O fim de um ciclo histórico.


Foram 32 cartas em 29 dias, é preciso muita disposição pra tanto?

Porra, eu vejo os números e nem acredito. Eu tenho um caderninho que atualmente acredito ter 8 nomes de pessoas para as quais eu escrevo regularmente(13 endereços, pois algumas se mudaram). Todo ano eu planejo escrever cartas de fim de ano pra um monte de gente, daí que esse ano eu tava embalado escrevendo e resolvi escrever pra algumas pessoas na faculdade, o que me fez aumentar o ritmo. A sorte é que não é muito difícil escrever carta de ano novo, o problema é que algumas partes ficam repetitivas, ao menon inovei em algumas cartas, como na da Dely e na da Uanylla. Sem falar que tem que botar uma caixa de Natal nessa conta. Então depois do Natal invento que vou entrar de férias, mas aí eu consigo um endereço novo antes do ano acabar e me mandaram uma carta, que respondi imediatamente. Então escrevi a do aniversário da Chélida, no dia seguinte tive problemas por aqui e escrevi mais 6 cartas. As férias são uma farsa.

Quem você destaca nesse ano?

É meio injusto fazer isso, mas seria ainda mais deixar de falar de alguns nomes: Jacqueline, a primeira de todas. Dely e suas desventuras e os desencontros(inclusive comigo). Julia, uma das melhores que conheci em 2011 e ótima pra falar ao telefone. Nadja, que retornou triunfalmente e agora mora mais perto daqui. Catarina Brainer, que finalmente tá numa cidade decente. Ully, a qual acompanhei suas desventuras pra acordar cedo pro curso e me recomendou A Day To Remember. Chélida, futura escritora de sucesso. Dona Nina Barcelos e a vida mais escalafobética que alguém pode ter. E claro, Uanylla, alguém que apareceu do nada, deu um trabalho gigante pra conseguir escrever uma carta, mas recebeu a maior carta já escrita por mim na história e é uma pessoa muito querida. Falei só do pessoal que mando cartas, tem mais gente. No twitter dá pra destacar Nobre, Keshi, Hugo, Mauricio Klaser e todo o pessoal genial que ele dá RT e eu acabo seguindo. O Klaser, aliás, merecia um prêmio pela criatividade, ele cria o Indie ou Sertanejo e ainda cria o Roque Verdade. Quando eu li os textos dali pela primeira vez eu fiquei fascinado, viciado e sem mais nenhuma motivação de escrever aqui por um mês. Vale falar também de Thaysa, que conheci por acaso e mais por acaso ainda descobri que é prima duma amiga minha. Eu a confortei numa situação ruim recente.

Você é feliz?

Bem menos do que se imagina. A verdade é que atualmente tou perdendo a disposição, começo de ano nunca rende algo bom, eu fico preso aqui, seja vendendo fogos, seja num evento com meu pai ou até mesmo vendendo espumas de carnaval. Queria estar viajando sozinho pra poder clarear a cabeça e ver gente nova, sem falar que tem muita gente que conheço daqui que quero ver ao vivo. Bati na trave ano passado com a Dely, mas esse ano será diferente. O que me deixa feliz esses dias é encontrar os aigos, falar com eles, as conversas por telefone com a Julia, escrever cartas, ver fotos de determinadas pessoas. As jogatinas com o pessoal do Equipe também me alegram bastante. Mas o que mais me alegra é ver gente respondendo minhas cartas, algo que nem acreditava mais que fosse acontecer. Especialmente a primeira, da Jacqueline, pelas circunstâncias. O aniversário tinha acabado de ser cancelado, eram 7 da manhã, 17 de novembro e precisava falar com alguém sobre isso. Acabei a acordando, e ela ficou bem preocupada(ela viria pro aniversário) quando falei, nunca vou esquecer dela falando "mas... são as Duas Décadas de Sucesso". No mesmo dia ela escreveu a carta, que chegou dia 22. Esse tipo de coisa me faz parecer legal pra cacete, mas eu me acho chato em boa parte do tempo, o que me preocupa.

Especificamente em quais casos?

Eu tenho medo de quando eu encontrar esse povo com o qual eu falo há 5 anos, tipo Jacqueline ou Dely, eu faça alguma merda que jogue todos esses anos pelo ralo, o que é bem a minha cara. Até levantei a questão meses atrás quando a Jacque tava quase vindo pra cá, quando falei com a Dely sobre isso ela falou que daria na minha cara de tão estúpido que foi, então deixei pra lá.

Falemos de música, nas festas que você foi esse ano você pôde ter um panorama das músicas atuais, o que achou?

Coisas como Michel Teló, aquele nego do tchereretche-tche-tche são uma diarreia mental. A situação tá bem ruim, mas nas festas eu me recusava a dançar sertanejo universitário, quem escuta essa merda e gosta tem mais é que se fuder. Douglas escuta, mas ele é um caso perdido, não dá pra esperar nada de bom dele.

A verdade é que além dese povo com esse gosto peculiar, ainda tem esses ratos de esgoto que escutam Los Hermanos, e tou falando isso mesmo com amigos meus ouvindo essa porcaria. A pior coisa do ano foi ver nego compartilhando foto falando que vai no show deles esse ano. De gente como a Elaine eu já esperava porque ela é pseudo-cult pra cacete, até desisti de tentar entender. Aliás, Coldplay é outra que até fiquei azucrinando os fãs durante o show do Rock in Rio, ao menos teve gente que me apoiou e descobri o bom gosto musical de quem não esperava. Mas voltando às músicas atuais que ouvi em festas, eu consigo respeitar o funk, diferente dos cultões que conheço, eu até dancei esse ano(muito mal, é verdade). Só queria que o Eurodance voltasse à moda, melhor que a música eletrônica que ouvi ao longo do ano.

O que mais ouviu esse ano?

Billy Joel, embora eu tenha ouvido menos no final do ano, voltei a ouvir mais Elton John, especialmente depois que comprei a biografia e pude ter uma noção dos álbuns e começar a baixar, redescobri Frank Zappa, passei a ouvir mais Meat Loaf, toemi vergonha na cara e baixei Burt Bacharach e 2 Unlimited. No momento estou viciado em Heartache All Over The World, de Elton John, do álbum Leather Jackets, que ele considera o pior e os fãs também. Aliás, os fãs dele que tenho encontrado pela internet é gente que certamente apanhava na escola, porque pra ser chato daquele jeito... só nego esnobe que acha que tá certa sobre os albuns e acha que a opinião do Elton é maior que a biblia, até me faz evitar alguns tumblrs. E sempre acabo assistindo esse primor:



Alias, vale a pena dar uma olhada no meu Last.fm pra entender porque eu tenho tanto Benito di Paula e Massacration na mesma lista.

Alguma grande decepção com alguém esse ano?

Normalmente eu sei quais as pessoas com quem não falo muito e não mexo tanto assim, até porque não tenho mais a paciência e a boa vontade de antes, mas eu convivo bem com todos. Entretanto, tem alguém, que eu amei, que eu já vi chorar no meu ombro por causa de ficante, alguém que vi idas e vindas. Essa pessoa tá pedindo pra que todo mundo que goste dela a abandone. Não vou falar quem é pra preservar a identidade e pra ver se ela toma vergonha na cara e para de fazer merda e sossega, que ninguém tá levando ela a sério. Quero aproveitar o espaço pra declarar que esse ano eu resolverei o imbróglio que já dura anos com Camila Iquiene, seja com a a ajuda da Jacqueline ou não, até porque já fazem 6 anos, tá na hora de aparar as arestas, tou ficando velho, essa história ainda me perturba e tou querendo ter uma vida simples em 2012.

Fala qualquer merda aí que vou encerrar a entrevista.

Ficar velho é uma merda, mas as lembranças compensam. Lembrar que eu era a pessoa mais sensata e madura do antigo Quarteto deixa um gosto bom até hoje, até pela maneira que eles se separaram. E é notável ver que alguns deles não aprenderam nada. As vezes eu penso que fui o único com boas lembranças daquele povo, sim, já vão fazer 4 anos, mas aqueles tempos foram os melhores. Também é uma merda ficar velho porque um monte de gente que era gorda antigamente emagreceu e enquanto isso eu tou marcando bobeira, tenho que tomar uma atitude. Já que tou aqui, quero avisar que pretendo postar mais nesse ano do que no ano passado, ao menos não abandonar o blog como eu fiz de novo. Aguardem novidades. E pretendo achar Graziella Gallotti, nem que eu tenha que ir pra Brasília pra isso. E essa entrevista provavelmente vai ficar ridícula, mas achei a ideia boa e precisava fazer, peço desculpas desde já pra quem não gostar.

Temos perguntas de internautas, a primeira é de Vinny Rox, que pergunta: "Quantas vezes você se masturba por semana?"

Não vou responder essa merda. Próxima pergunta.

A última pergunta é de Jacqueline Muniz, que pergunta: "Quantas vezes você se masturba por semana?"

(para pra pensar por um longo tempo) Não tenho como responder essa pergunta, nunca parei pra contar. Essa é uma boa pergunta, me fez refletir. Adeus.

Observando a vida e vendo aonde se encaixar.

sábado, 8 de outubro de 2011

Malhação?

Antes de tudo, gostaria de agradecer o convite do meu amigo Wences de dividir esse espaço com ele. 






Quando se fala de "Malhação" qual é a primeira coisa que passa na sua cabeça? Novela chata e ruim.
Essa série/novela que já está no ar há 16 anos, causa opiniões muito divergentes. Uns acham uma ótima novela, outros acham que a Globo deve ter um pacto com o criador dessa merda obra, porque até hoje não a cancelou.
Na minha humilde opinião, Malhação não é "uma escola de atores" como muitos alguns dizem; Não é inovadora a cada temporada, não é boa, não é sequer razoável. É PÉSSIMA.
O nome da trama é "Malhação" e não tem UMA academia há no mínimo 8 anos.
Desde que me entendo por gente, os adultos ao meu redor sempre disseram: "Essa novelinha só ensina besteira para as crianças. Ensinam as crianças a  fazerem sexo sem camisinha, sexo casual, sexo na adolescência, responder os pais, abortar, etc" ... Sinceramente? Vocês podem me considerar uma velha - apesar dos meus 18 anos - , mas eu concordo plenamente com os adultos que sempre disseram isso. Não que as outras novelas não ensinem as mesmas coisas, quiçá pior, mas Malhação é e sempre foi, destinada ao público juvenil. E pelo horário é quase improvável não ser assistida por crianças.
Confesso que quando criança, eu assistia (assiduamente) e isso nunca influenciou no meu caráter. Mas talvez, por eu sempre ter tido uma boa base familiar e bom diálogo com meus pais. Mas e quanto aos que não tiveram a mesma "sorte" que eu?
E essa história de que "Malhação" é uma ESCOLA para os atores, é  papo mais furado do que dizer que uma pessoa feia, tem uma "Beleza Exótica".
Se é escola, então quer dizer que é só eu achar que tenho talento para ser atriz, ser "contratada" pela Rede Globo, estar em uma novela transmitida internacionalmente, sem saber de nada? Ser paga e conhecida no mínimo, nacionalmente, para aprender a ser atriz? Então tá né.
Essa escola, lê-se geladeira, é onde a rede Globo "enfia" seus atores que estão há algum tempo parados, estão "perdidos do gosto popular"... É aonde ela coloca as novas contratações e algumas não tão novas, onde ficam os que já trabalharam em outras novelas, mas que ainda causam dúvidas se valem a pena mante-las no monopólio televisivo, ou chota-las para a Rede Record, prova disso é o acervo de atores jovens e não tão jovens da própria emissora do Bispo.
No começo desse ano, cogitou-se o FIM todos comemoram desse folhetim. Mas INFELIZMENTE era uma falsa notícia :/
E mesmo que isso me doa, vejo que essa pérola da nossa televisão brasileira, não terá fim tão cedo.
Enquanto houverem pessoas alienadas e propícias a assistirem a mesma, enquanto houverem atores/atrizes renomados se submetendo a tamanha "humilhação" de atuarem numa trama desse porte, meus netos vão ter o desprazer de conviver com tantos "TALENTOS".

1046 - Alô mãe Dináh!

Não é um dos meus melhores, mas espero que gostem.
Muaaaaaack.
Marina Morena.