segunda-feira, 1 de março de 2010

Tão pesando a mão nesses trotes...

...algo que era pra ser uma integração entre os alunos, mas aparentemente tem bastante gente que não consegue conviver em sociedade direito. A história abaixo explica.


Uma das coisas que eu mais temia quando eu fosse pra faculdade era o trote, mais ainda quando foi confirmado quando eu ia pra Rural, que tem a fama de ser a mais elaborada os trotes, por ser numa cidade praticamente universitária lá os trotes não eram só pedir dinheiro pintado pelas ruas pra sustentar a bebida dos outros, lá tem uns rituais que depois que eu tomei conhecimento eu tou até botando medo no pessoal que se passar pra Rural for pra Seropédica. Eu dei sorte e fui pra Rural de Nova Iguaçú e ainda cheguei atrasado no primeiro dia, acabei me livrando do pior trote, foi só pedir dinheiro pelo resto da semana nas ruas de Nova Iguaçú, moleza, havia uma cota, mas consegui me livrar dessa cota, era de 100 reais, acho.

Mas aí eu vejo o Fantástico ontem e começo a achar que mesmo com nego morrendo na piscina olímpica de Seropédica ano passado, Seropédica é jardim de infância pro pessoal daquela universidade de Mogi das Cruzes. Nego pedindo pra calouro ajoelhar pra ter a cara cuspida, é caipirinha na cara, é aquela cruz de madeira que os calouros ficam pra levar ovada... isso é doentio, patológico. Esse trote foi elaborado devido ao pessoal ser do curso de medicina, aí os relatos que eu vi era de gente beijando de língua um fígado podre, mas eu já soube de um caso duma turma de medicina veterinári que fez os calouros mergulharem em fezes de boi, se não me engano, só lembro que eram fezes dum animal grande.

E esses alunos que apareceram no Fantástico ontem cobraram 300 reais de cada aluno pra fazer aquilo, deu 24 mil reais de acordo com a reportagem, o sítio em que eles estavam custou 1150, deu pra beber bastante com o que sobrou.

Sabe o que é pior? Provavelmente não vai dar em nada, até por que 2 anos atrás houve outro trote da mesma turma que foi parar no Fantástico e não deu em nada, tem papéis que falam "Não ao torte violento!", mas os papéis não significam nada se não há uma vigilância a isso. E o pior é que o médico que falou ontem tá certo, quem sofreu algo assim vai querer fazer isso nos outros, aí lá vamos nós pro Fantástico depois de 2 anos mostrar que nada mudou em relação a esse negócio de trote. E não vai mudar tão cedo, eu diria que é necessário uma morte pra haver alguma mudança, mas já teve ano passado, e tá a mesma merda, até pior, aqui no Rio semana passada teve o caso do pessoal que apareceu todo manchado de um troço lá a base de creolina.

Felizmente já passei da época de trote e não fui pra Seropédica, lá eu tava morto já.

Edit: Aliás, tava não, acho que eu estaria se estivesse numa universidade de 4 mil reais e fosse vítima de violência gratuita no primeiro dia, ia acabar falando não e saía de lá no mínimo cego.

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